quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

APELIDOS

APELIDOS Paulo Toledo Zé Fogueteiro, Zé Xarope, Carica, Geraldo Pipote, Tião Tungue, Dito Fraqueza, Naco, Joaquim Martelo, Chico Cartucho, Bandola, Neném Bolacha, Tião Bolinho, Tião da Nica, Tatuzinho e os Pulentas... Em Congonhal todo mundo tinha apelido e quanto mais a gente se incomodasse com o tal, era suficiente para que ele grudasse e permanecesse como um rótulo pregado na testa. Agora, colocando no alto desta página alguns apelidos dos quais eu me lembrei, vejo que cada um deles dá um “causo”, uma estória, algumas delas verídicas, outras nem tanto. Assim, o Zé Xarope não era um xarope no sentido que a palavra hoje é aplicada – um chato. O Zé virou Zé Xarope porque, quando menino, trabalhando na farmácia do meu tio Tuany bebia todos os xaropes que encontrava na prateleira, então foi dispensado. Alguns desses “causos, como por exemplo o do Naco, são feios e impublicáveis, outros nem tanto Zé Carica eu não sei a razão do seu apelido. Mas para mim ele ficou como exemplo de como se resolver um problema muito difícil, vejam só: Tinha aparecido uma onça pintada nas cercanias de Congonhal. Toda semana aparecia bicho morto e dilacerado: bezerro, vaca, cabra etc ...Alguns achavam que era onça de duas pernas, mas o veredicto final foi : é onça e vamos acabar com ela. Então reuniram-se os valentões do lugar, armados até aos dentes, Zé Carica presente então asseverou: __Deixa essa bendita onça comigo. EU SÓZINHO COM MAIS DEZ COMPANHEIROS, vou lá e trago o couro dela. “Nesta longa estrada da vida” sempre que me aparece alguma coisa complicada a solução do Carica me vem à mente. E os pulentas ou polentas ou ainda polentinhas? Donos daqueles apelidos do final da lista? Esses não cabem num “causo”.Cada um deles dá um livro bem grosso e de capa dura..

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